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Primeiro mês de governo Lula

  • Foto do escritor: Paula Beatriz
    Paula Beatriz
  • 16 de fev. de 2023
  • 4 min de leitura

EDIÇÃO 26

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Bem-vindo(a) a mais uma edição da newsletter Brasiliense-se. Agradecemos por estar aqui conosco, caro(a) leitor(a). Se você tiver críticas ou elogios, não deixe de nos mandar no final desta edição. Sua opinião é muito importante pra nós!


Nossa última edição trouxe um resumo do que foi a posse presidencial. De lá para cá muita coisa aconteceu e por isso, hoje fizemos um balanço dos principais acontecimentos do primeiro mês de governo Lula. Vamos lá?


8 de janeiro


Não tem como começar essa edição sem falar do que ocorreu exatamente uma semana após a posse presidencial. Dia 8 de janeiro de 2023 ficou marcado na história como o dia em que extremistas atacaram as sedes dos Três Poderes.


Por volta das 15h daquele domingo, manifestantes entraram na Esplanada dos Ministérios e invadiram, depredaram e destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Superior Tribunal Federal (STF).


Segundo a Polícia Federal, parte dos manifestantes saíram do acampamento montado em frente ao Quartel General de Brasília e outra parte do grupo chegou de ônibus que vieram de vários estados do Brasil.


Até a última atualização, 1.406 pessoas foram presas depois dos ataques, desse total, 942 permanecem detidas, 462 foram liberadas com tornozeleira eletrônica, 653 foram denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), 92 pessoas e 7 empresas tiveram seus patrimônios bloqueados, 84 pessoas foram denunciadas, 7 inquéritos foram abertos pelo STF e o prejuízo total estimado já chega a mais de 20 milhões de reais. Estima-se que só no Senado, o prejuízo esteja na casa dos 4 milhões de reais e na Câmara dos Deputados cerca de 2,1 milhões.


Muitos questionam: onde estavam as forças de segurança? E claro que as autoridades também se perguntam sobre isso. Como resultado desse dia, o então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi exonerado e dias depois, preso. Ele segue em uma penitenciária de Brasília e já prestou depoimento duas vezes. Torres é acusado de ser conivente com a falta de segurança no DF no dia dos ataques. Além disso, uma minuta de um possível golpe de estado foi encontrada na casa do ex-secretário, o que piora sua situação diante das autoridades.


Além de Torres, o governador reeleito pelo DF, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo por 90 dias. Segundo o ministro do STF, Alexandre de Moraes, Ibaneis também é culpado pela falha na segurança do DF. O governador, por sua vez, nega que tenha participado ou facilitado qualquer manifestação na capital federal.


Claro que além de Torres e Ibaneis, outras autoridades também estão sendo investigadas. Nesse meio tempo, o presidente Lula decretou intervenção federal na segurança do DF, dessa forma, todas as forças de segurança ficaram submetidas às ordens do interventor Ricardo Cappelli até primeiro de fevereiro.


Essa história ainda vai render muitas edições por aqui, até porque a Polícia Federal deixou como permanente a Operação Lesa Pátria, que investiga os participantes e os financiadores desses ataques aos Três Poderes.


Crise Yanomami


Além desses ataques, outro assunto que ficou em alta durante o primeiro mês de governo Lula foi a crise sanitária e humanitária dos povos Yanomamis. O território indigena localizado no estado de Roraima é considerado a maior reserva indígena do país.


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Para se ter uma noção, no dia 20 de janeiro, o Ministério da Saúde decretou estado de emergência em saúde pública de importância nacional. Uma equipe da pasta chegou a visitar a região e encontrou crianças e idosos com problemas de saúde, como: desnutrição, malária, infecção respiratória aguda entre outros problemas. De acordo com o Sistema de Informações da Atenção à Saúde Indígena do Ministério da Saúde, foram registradas 99 mortes de crianças yanomami só em 2022.


Uma das principais causas citadas para tamanha crise de saúde é a existencia de atividade garimpeira ilegal que tem poluído água e alimentos na região. Por causa da grave situação da região, nos últimos dias, uma operação coordenada pela Polícia Federal tem retirado todos os focos de garimpo ilegal na região. A operação continua de pé e por isso, esse assunto também pode voltar a ser pauta aqui na Brasiliense-se. Fique ligado!


Outros pontos


Entrando mais afundo nas novas decisões de Lula, ao contrário do que foi pregado no governo Bolsonaro, Lula revogou uma série de normas que facilitavam o acesso de civis às armas de fogo.


Além disso, Lula suspendeu novas privatizações no país, ações que eram muito presentes durante o governo Bolsonaro. Estavam na mira do ex-presidente as privatizações da Petrobras, dos Correios e da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), mas no novo governo, isso está longe de acontecer.


Outro ponto polêmico durante a campanha de Lula foi o aborto. Apesar de em determinado momento dizer que era contra, logo no primeiro mês de governo, o presidente revogou uma medida que obrigava o Ministério da Saúde a comunicar uma autoridade policial em casos de aborto.


Falando da educação, Lula revogou decreto de Bolsonaro que incentivava a criação de classes especializadas para pessoas com deficiência em escolas regulares e em escolas próprias.


E por hoje é isso pessoal! Mais novidades sobre o governo Lula você acompanha nas próximas edições. Ah, lá no nosso instagram temos publicado toda sexta-feira um reels com as principais notícias da semana, nos acompanhe por lá também.


Editado por: Carolina Monteiro

Esta foi mais uma edição da newsletter Brasiliense-se. Não esqueça de seguir o nosso perfil no Instagram: @brasiliensese! Lá publicamos todas as novidades em primeira mão e interagimos com você, nosso(a) leitor(a).


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