O vai e vem da economia
- Carolina Monteiro e Paula Beatriz

- 2 de mar. de 2023
- 3 min de leitura
EDIÇÃO 28

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Entramos no mês de março com uma preocupação: como fica o nosso bolso depois de tantas mudanças econômicas? Vamos lá, na edição de hoje trouxemos um balanço dos assuntos econômicos que dominaram os veículos de comunicação e as redes sociais nos últimos dias.
Combustíveis

Começando pela novidade mais fresquinha. O governo Lula optou pela volta da cobrança dos impostos federais sobre os combustíveis. Só que essa volta não será igual para todos, inicialmente, a cobrança de 75% do PIS/Cofins e a Cide voltam para gasolina e 21% para o etanol.
Essa foi a forma encontrada pelo governo de agradar aliados de Lula que apoiavam a continuação da isenção desses impostos, como foi definido durante o governo Bolsonaro. Por outro lado, a medida também agrada o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que lutava pela volta da cobrança sob justificativa de aumentar a arrecadação. Vale lembrar que a preocupação de Haddad com o aumento da arrecadação se dá pelo fato de que sem ela seria difícil cumprir algumas promessas de campanha de Lula, como o Bolsa Família, o reajuste de salário mínimo e a ampliação da tabela de isenção do imposto de renda.

Por outro lado, a Petrobras anunciou uma redução do preço da gasolina e do diesel nas refinarias. Essa redução vem de uma reserva financeira da companhia de um período em que a gasolina e o diesel estavam acima do preço médio internacional.

O presidente do sindicatos dos postos de combustíveis do Distrito Federal, Paulo Tavares, explicou como vão funcionar as mudanças para o bolso dos brasilienses, já que não basta abater a redução da Petrobras do aumento dos impostos. O buraco é bem mais embaixo, veja a fala dele:
Só pra lembrar! Em 2022, o ex-presidente Bolsonaro aprovou o projeto que limitou o imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS) dos combustíveis em até 17% com variações estaduais, além da isenção de cobrança de impostos federais sobre gasolina, diesel, gás liquefeitos de petróleo, o gás de cozinha e outros combustíveis.
Lula X Banco Central
O presidente Lula está em um embate com o Banco Central porque não concorda com o nível que está a taxa básica de juros, a famosa Selic. Segundo o presidente, a taxa poderia ficar mais baixa. Durante a posse de Aloizio Mercadante, como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente criticou a decisão do Copom que manteve a Selic em 13,75% ao ano.

Além disso, aliados de Lula têm instigado o presidente a exonerar o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que foi indicação de Bolsonaro. Para quem não sabe, com a independência do Banco Central, o presidente da autarquia começa o mandato de forma descasada com o presidente da república. Ou seja, Lula começou seu mandato e Campos Neto ainda tem mais dois anos de trabalho, quando então Lula poderá indicar um novo presidente.
Cargo vitalício e salário milionário
Em paralelo a essas discussões, três esposas de ministros de Lula enfrentam tudo, menos problemas financeiros, já que foram indicadas para um cargo vitalício no Conselho do Tribunal de Contas com um salário de 35 mil reais.

São elas: Rejane Dias, eleita conselheira do TCE do Piauí e casada com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias; Renata Calheiros, eleita conselheira do TCE de Alagoas e casada com o ministro dos Transportes, Renan Filho; e Marília Góes, eleita conselheira do TCE do Amapá e casada com o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
Essas três já estão com estabilidade garantida pelo menos até os 75 anos, quando atingem a idade limite para aposentadoria do serviço público, além da remuneração a partir de 35 mil reais.
Vale lembrar ainda que outra candidata para uma vaga no conselho do tribunal de contas é Aline Peixoto, que é casada com o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Até 7 de março sai a votação que definirá se ela será a quarta esposa de um ministro de Lula a ocupar um cargo como esse.

Além disso, pessoal, é bom ressaltar que o senador Eduardo Gomes, líder do PT no Senado, apresentou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que tem como objetivo criar cargo de senador vitalício para ex-presidentes. E aí, você seria a favor dessa PEC?
E por hoje é isso, pessoal! Não perca a nossa próxima NL.
Editado por: Carolina Monteiro
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