Perfil dos candidatos: Deputados Federais
- Paula Beatriz

- 23 de mai. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 16 de jul. de 2022

EDIÇÃO 9.0
Bem-vindo(a) a nona edição da newsletter Brasiliense-se. Agradecemos por estar aqui conosco, caro(a) leitor(a). Se você tiver críticas ou elogios, não deixe de nos mandar no final desta edição. Sua opinião é muito importante pra nós!
Hoje, vamos dar continuidade à análise da situação dos candidatos a cargos políticos no Brasil a partir de 2000. Esta edição é sobre os Deputados Federais. E você, sabe quem eles são e o que fazem? Ou pelo menos deveriam fazer? (risos).
Os Deputados Federais estão presentes em todas as regiões do Brasil. No total, são 513 divididos entre os 26 estados e o Distrito Federal através de uma lei complementar. Cada estado tem de 8 a 70 Deputados Federais e esse número varia de acordo com o tamanho da população.
A principal função dos Deputados Federais é legislar. Eles devem propor, discutir e aprovar leis, inclusive aquelas que podem alterar a Constituição. Além disso, os Deputados Federais podem aprovar ou não medidas provisórias propostas pelo Presidente. Eles também devem fiscalizar e controlar as ações do Executivo, vale lembrar que são eles que aprovam o Orçamento da União. Em casos de situações suspeitas, são eles que podem abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito, conhecida popularmente como CPI.
Só pelas funções básicas e quantidade de responsabilidades você já deve ter percebido que não é um trabalho simples. Por isso, nós vamos continuar a analisar algumas características dos candidatos a esse cargo dos anos anteriores, para que nas próximas eleições, você esteja mais atento a esses tópicos.
É importante lembrar que para se candidatar a Deputado Federal, a pessoa precisa ter pelo menos 21 anos.
Em nossa análise, vamos verificar principalmente a situação da educação dos candidatos em cada ano eleitoral e por último, vamos trazer um panorama das candidaturas por gênero.
EDUCAÇÃO POR ANO
2002
Em 2002, primeira eleição para esse cargo a partir de 2000, tivemos 4.367 candidatos a Deputado Federal. Desses, 50% tinham ensino superior completo. De todos os cargos já analisados, esse é o primeiro em que as candidaturas apresentam um nível de educação mais completo.
Apesar desse lado positivo, neste ano ainda tivemos 46 candidatos que declararam que apenas "Lê e Escreve", ou seja, esses candidatos não tinham nem o ensino fundamental incompleto.
De todos os candidatos, 3.108 foram eleitos. Sendo que destes, dois apenas liam e escreviam.

2006
Em 2006, a situação não era muito diferente. Foram 5.261 candidatos ao cargo e destes, 10 declararam que apenas "Lê e Escreve". Neste ano, foram 52% de candidatos com ensino superior completo.
De todos os candidatos, 3.713 foram eleitos. Sendo que destes, 1 apenas lia e escrevia.

2010
Em 2010, tivemos 5.967 candidatos a Deputado Federal. Destes, apenas 49,8% tinham ensino superior completo. Neste ano, voltamos a ter mais pessoas sem uma graduação completa.
Um fato marcante é que um candidato declarou ser "Analfabeto" na escolaridade, ou seja, não sabia ler e nem escrever. Em contrapartida, esse candidato não foi eleito.
De todos os candidatos, 3.952 foram eleitos. E destes, 2.157 tinham ensino superior completo.

2014
Em 2014, tivemos 7.112 candidatos a Deputado Federal. Destes, apenas 48% tinham ensino superior completo, e 68 (aqui é por cento?) declararam que apenas "Lê e Escreve" na parte de escolaridade.
De todos os candidatos, 4.523 foram eleitos. E desse total, 34 apenas liam e escreviam.

2018
Em 2018, ano da última eleição para Deputado Federal até o momento, tivemos 7.114 candidatos. Desses, 54% tinham ensino superior completo, maior percentual de graduados candidatos ao cargo de 2000 até hoje. Apesar da conquista, 54 candidatos declararam que apenas "Lê e Escreve".
De todos os candidatos, 4.281 foram eleitos. Sendo que destes, 26 apenas liam e escreviam.

GÊNERO POR ANO
Durante a análise foi perceptível o aumento gradativo da participação das mulheres nas candidaturas. Mas apesar desse avanço, as mulheres ainda não representam nem a metade da quantidade de candidatos a este cargo. Além disso, o número de mulheres que estava só subindo, diminuiu de 2014 para 2018. A diferença foi mínima, mas visível considerando a quantidade de homens candidatos.

Por hoje finalizamos! Espero que você, caro(a) leitor(a), tenha compreendido nossa análise sobre o nível de educação dos candidatos ao cargo de Deputado Federal ao longo dos anos e consiga interpretar os dados. Além disso, que você possa formar sua opinião sobre a participação das mulheres na política.
Na parte de "transparência" desta newsletter, deixamos o passo a passo para a captação dos dados na base do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e toda a análise feita para que você consiga reproduzir tudo quando quiser.
Editado por: Carolina Monteiro
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