O governo Bolsonaro
- Carolina Monteiro e Paula Beatriz
- 6 de set. de 2022
- 5 min de leitura
EDIÇÃO 18.0
Bem-vindo(a) a décima oitava edição da newsletter Brasiliense-se. Agradecemos por estar aqui conosco, caro(a) leitor(a). Se você tiver críticas ou elogios, não deixe de nos mandar no final desta edição. Sua opinião é muito importante pra nós!
Como falamos em outras edições, as eleições deste ano estão cada vez mais próximas e por isso, o conteúdo aqui na newsletter será focado nesse período eleitoral. Hoje, vamos recapitular quais foram as propostas de governo do atual presidente da República, Jair Bolsonaro em 2018. A ideia é fazer um panorama de como está, ou deveria estar, o Brasil depois dos quatro anos de governo.
Nas próximas edições vamos apresentar as propostas de governo dos candidatos à presidência nas eleições deste ano.
Plano de Governo (mandato de 2019 - 2022)
As propostas deste Plano de Governo de Bolsonaro se baseiam no slogan político: “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”. Em resumo, o atual presidente propôs um governo decente, sem “toma lá-dá-cá” e sem acordos espúrios. Ele prometeu um governo formado por pessoas que tenham compromisso com o Brasil e com os brasileiros, que atenda aos anseios dos cidadãos e trabalhe pelo que realmente faz a diferença na vida de todos. Além disso, Bolsonaro defendeu a liberdade e prometeu devolver o Brasil aos brasileiros que são os verdadeiros donos do país.
Este Plano de Governo foi dividido em sete tópicos que trazem os principais pontos defendidos pelo governo Bolsonaro. Vamos te explicar cada um deles, segue o fio.
Tópico 1 - Valores e compromissos
O fruto da vida é sagrado: as pessoas devem ter liberdade de fazer suas escolhas e viver com os frutos dessas escolhas, desde que não interfiram em aspectos essenciais da vida do próximo.
Liberdade e fraternidade: quebrado o atual ciclo, com o Brasil livre do crime, da corrupção e de ideologias perversas, onde haverá estabilidade, riqueza e oportunidades para todos tentarem buscar a felicidade da forma que acharem melhor.
Direitos e deveres: a forma de mudar o Brasil será através da defesa das leis e da obediência à Constituição. Assim, a proposta ressalta que fará tudo na forma da Lei!
Imprensa livre e independente.
A nossa bandeira é verde-amarela.
Tópico 2 - A nova forma de governar: Mais Brasil, menos Brasília
Luta contra a servidão.
Segurança, Saúde e Educação são as prioridades deste governo.
Tolerância zero com o crime, com a corrupção e com os privilégios.
Desafios urgentes: contra criminalidade, corrupção, aparelhamento do Estado.
Liberalismo econômico que reduzirá a inflação, baixará os juros, elevará a confiança e os investimentos, gerará crescimento, emprego e oportunidades.
O problema é o legado do PT de ineficiência e corrupção.
O Brasil passará por uma rápida transformação cultural, onde a impunidade, a corrupção, o crime, a “vantagem” e a esperteza deixarão de ser aceitos como parte da identidade nacional.
Tópico 3 - A nova forma de governar: Estrutura e gestão
Redução de Ministérios: um número elevado de ministérios é ineficiente, não atende os legítimos interesses da Nação.
Orçamento base zero: prioridades e metas passam a ser a base do Orçamento Geral da União, para gastar o dinheiro do povo obtido pelos impostos.
Mais Brasil, menos Brasília: os recursos devem estar próximos das pessoas e serão liberados automaticamente, sem intermediários para os prefeitos e governadores.
Um governo que confia nos brasileiros: o governo simplificará os carimbos, autorizações e burocracias.
Tópico 4 - Mais Brasil, menos Brasília: Linhas de ação
Segurança e combate à corrupção: enfrentar o crime e cortar a corrupção.
Saúde e educação: eficiência, gestão e respeito com a vida das pessoas.
Economia: emprego, renda, equilíbrio fiscal, oportunidades e trabalho para todos, sem inflação.
Tópico 5 - Segurança e combate à corrupção
Contra a esquerda.
As armas são instrumentos, objetos inertes, que podem ser utilizadas para matar ou para salvar vidas. Isso depende de quem as está segurando: pessoas boas ou más. Um martelo não prega e uma faca não corta sem uma pessoa.
Nossos heróis serão lembrados: um dos compromissos do governo será lembrar o nome de cada um desses guerreiros! Suas famílias serão homenageadas e cada um desses heróis terá seu nome gravado no Panteão da Pátria e da Liberdade!
Prender e deixar na cadeia salva vidas.
Combater o estupro de mulheres e crianças, homicídios, roubos e outros crimes.
Investir em equipamentos, tecnologia, inteligência e capacidade investigativa das forças policiais.
Reduzir a maioridade penal para 16 anos.
Reformular o estatuto do desarmamento para garantir o direito do cidadão à legítima defesa sua, de seus familiares, de sua propriedade e a de terceiros.
Os policiais precisam ter certeza que, no exercício de sua atividade profissional, serão protegidos por uma retaguarda jurídica.
Tipificar como terrorismo as invasões de propriedades rurais e urbanas no território brasileiro.
Retirar da Constituição qualquer relativização da propriedade privada, como exemplo nas restrições da EC/81.
Redirecionamento da política de direitos humanos, priorizando a defesa das vítimas da violência.
Defesa Nacional: garantia da lei e da ordem e segurança das fronteiras.
Sufocar a corrupção: transparência e combate à corrupção são metas inegociáveis.
Tópico 6 - Saúde e educação
O compromisso do governo é fazer muito mais com os atuais recursos da educação: educação sem doutrinação e sexualização precoce, integração, inovação, ciência e tecnologia.
Saúde na base: o Prontuário Eletrônico Nacional Interligado será o pilar de uma saúde na base informatizada e perto de casa, além do credenciamento universal dos médicos.
Prevenir é melhor e mais barato: Mais médicos, médicos de estado, saúde bucal e o bem estar da gestante, inclusão dos profissionais de educação física no programa de Saúde da Família.
Investimento na educação infantil, fundamental e média.
Gestão é importante, mas o conteúdo, forma e estratégia precisam mudar: revisar e modernizar o conteúdo, as universidades precisam gerar avanços técnicos para o Brasil, educação à distância deveria ser vista como um importante instrumento e não vetada de forma dogmática.
Tópico 7 - Economia e infraestrutura
Retomar o crescimento da economia.
Garantir estabilidade macroeconômica.
Reorganização da área econômica.
Eficiência do Estado e controle dos gastos.
Redução das despesas com juros.
Reforma da previdência.
Reforma tributária.
Estabilidade monetária e independência do Banco Central.
Empresas estatais.
Privatizações e concessões.
Programa da renda mínima.
Modernização da legislação trabalhista.
Abertura comercial.
Aumento da produtividade.
Negócios e empresas.
Agricultura: segurança no campo, solução para a questão agrária, logística de transporte e armazenamento, diversificação, uma só porta para atender as demandas do agro e setor rural, consolidar e abrir novos mercados externos.
Infraestrutura: desburocratizar, simplificar, privatizar, pensar de forma estratégica e integrada; o setor pode deixar de ser um gargalo para se transformar em solução.
Energia: Nordeste - potência energética, a oferta de energia precisa ser confiável, a preços justos e competitivos internacionalmente, além da geração de oportunidades a pequenos empreendedores e criação de centenas de milhares de empregos.
Petróleo e gás: competitividade, Petrobras e mercados internos, fim do monopólio da Petrobras no gás natural.
Investimentos em transportes.
Portos de Santos a Yokohama.
Aviação: céu de brigadeiro, é necessário atrair investimentos para a modernização e expansão dos aeroportos.
O novo Itamaraty: a estrutura do Ministério das Relações Exteriores precisa estar a serviço de valores que sempre foram associados ao povo brasileiro. A outra frente será fomentar o comércio exterior com países que possam agregar valor econômico e tecnológico ao Brasil.
Por fim, a proposta defende o resgate de uma nação justa, livre e fraterna.
Para recapitular: Jair Bolsonaro foi eleito pelo povo com 55% dos votos válidos em segundo turno, superando Fernando Haddad, que teve 44,87% dos votos. Na época fazia parte do Partido Social Liberal, mas durante seu mandato ficou sem partido e até propôs a criação de um novo partido que acabou não indo para frente.
Ele declarou ter completado o ensino superior e tinha R$2.286.779,48 em bens. Jair Bolsonaro recebeu R$ 4.390.140,36 para sua campanha. Desse total, ele declarou ter gasto R$2.456.215,03.
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