“O diagnóstico era 100% de morte!”
- Paula Beatriz

- 26 de mai. de 2022
- 3 min de leitura

EDIÇÃO 10
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A edição de hoje é de tirar o fôlego! Uma história de superação que inspira qualquer um. Letícia Duhau Cantuária Evangelista é o nome da nossa personagem super guerreira. Ela tem apenas três anos, mas já viveu desafios que eu arriscaria dizer que não suportaria. Bárbara Duhau Cantuária Evangelista e Carlos Eduardo Evangelista são seus pais, e Yasmin Cantuária Evangelista sua irmã mais velha. O início de 2018 era só festa, apesar da surpresa por não ser uma gravidez planejada, a alegria pela chegada de mais uma integrante para a família falou bem mais alto para a família.
Tudo seguia bem até que com 25 semanas um exame morfológico diagnosticou uma hérnia diafragmática congênita - traduzindo: uma má formação do diafragma que deixa os órgãos fora do lugar. Naquele momento, insegurança e medo quiseram tomar lugar. Apesar disso, os médicos que acompanhavam a família disseram que a gravidez poderia seguir normalmente sem restrições, já que dentro da barriga da mãe, a Letícia estava segura.
Dia 8 de agosto de 2018 foi o dia em que a Letícia nasceu, e a partir de então iniciou-se uma luta para sobreviver. Logo após o nascimento, ela foi entubada e no dia seguinte, os médicos diagnosticaram uma hipertensão pulmonar.
“Quando a criança tem a hérnia junto com a hipertensão, o diagnóstico é de 100% de morte [...] o sentimento era de incerteza!”, contou Bárbara.

Letícia ficou 11 dias em observação porque os médicos precisavam que o estado dela fosse estável para realizar a cirurgia. Depois dos dias de espera, veio o primeiro procedimento cirúrgico. Bárbara explicou que o tamanho da abertura do diafragma só seria detectado durante a cirurgia, porque através dos exames não era possível prever com certeza.
“A buraco era maior do que o esperado, colocaram uma prótese menor, mas a correta mesmo era outra”, relatou a mãe.

Mesmo com a prótese errada, Letícia se recuperava bem. Depois de cinco meses vivendo no hospital, veio a tão sonhada alta. Mas o que parecia ser um recomeço, virou um pesadelo. Cinco dias depois da alta, Letícia teve uma infecção e voltou para o hospital. A partir daí, ela vivia uma semana em casa, e uma semana no hospital. Investigando a fundo o caso dela, os médicos descobriram que a prótese, que foi colocada mesmo sendo menor do que o necessário, tinha se rompido e seria preciso fazer uma cirurgia novamente para realizar a troca.

Apesar do transtorno de ter que fazer uma nova cirurgia, o resultado do segundo procedimento foi melhor do que o esperado. Letícia começou o processo de fisioterapia que dura até hoje. Ela vive uma vida normal e sem sequelas.
“Quem vê a Letícia não imagina que ela superou todas essas batalhas. Os médicos disseram que se ela sobrevivesse teria sequelas, mas ela não tem nada”, comemora Bárbara.
Depois da segunda cirurgia, Letícia contava com um cilindro de oxigênio para dar um reforço. Começou usando 24h por dia e aos poucos foi desmamando. Inicialmente, ela contava com o aparelho disponibilizado pelo hospital, mas com ajuda de amigos e familiares, por meio de uma vaquinha, a família conseguiu comprar um cilindro portátil e recarregável.
“Com o cilindro do hospital a gente não podia sair de casa e tinha que recarregar no hospital. Com o portátil, melhoramos muito a qualidade de vida dela, para socializar e conhecer novos lugares”, disse Bárbara.
Depois de três anos e meio, em 2022, Letícia fez a retirada completa da cânula de traqueostomia e vive sem nenhuma sequela.

“Iniciamos esse processo antes da pandemia, quando achávamos que poderíamos sair de casa e do hospital, veio o baque dessa pandemia. Mas graças a Deus estamos vivendo melhor [...] A Letícia fez a retirada da cânula porque já não estava fazendo bem, a traqueo é ótima pra quem precisa, mas quando não tem mais utilidade ela só atrapalha. Assim que ela tirou a cânula, começou a ganhar peso”, comemora.

Essa foi a história de hoje! Uma chuva de superação para te inspirar e incentivar a não desistir. Para finalizar segue mais uma fala cheia de emoção da Bárbara, mãe da Letícia.
“É só Deus! Ele permitiu que a gente vivesse isso para que hoje pudéssemos testemunhar este milagre [...] mas quando nós decidimos entregar a vida dela ao Senhor e descansar, aí sim o Senhor começou a agir.”
Editado por: Carolina Monteiro
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