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Direita, esquerda e centro!

  • Foto do escritor: Carolina Monteiro
    Carolina Monteiro
  • 9 de mai. de 2022
  • 4 min de leitura

EDIÇÃO 8.0

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Bem-vindo(a) a oitava edição da newsletter Brasiliense-se. Agradecemos por estar aqui conosco, caro(a) leitor(a). Se você tiver críticas ou elogios, não deixe de nos mandar no final desta edição. Sua opinião é muito importante pra nós!


“De qual lado você está: direita, esquerda ou centro?”. Você com certeza já ouviu essa pergunta, mas a questão é: você sabe diferenciar esses termos e já consegue definir com qual lado se identifica mais? Se sua resposta foi não, fique tranquilo! Estamos aqui para te ajudar. Hoje, vamos te explicar quem é de direita, de esquerda e de centro para você entender as discussões e ter embasamento para se posicionar politicamente. Vamos te explicar do início.


Origem da esquerda e direita


A polarização entre a "esquerda" e a "direita" surgiu durante as discussões da Assembleia Nacional Constituinte na França no ano de 1789 no início da Revolução Francesa. Essa Assembleia foi criada com o objetivo de redigir a nova Constituição do país, ou seja, as novas regras que passariam a ditar a ordem na nação. Ela era composta por três classes da sociedade: a primeira era o clero, a segunda a nobreza, e o terceiro representava a pequena burguesia, ou seja, o resto da população.


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Foto: Reprodução

As classes mais ricas não concordavam com a participação das camadas mais populares da sociedade na Assembleia e isso refletia na hora de votar. Cada classe tinha direito a um voto e embora a classe burguesa fosse maioria, seus interesses não costumavam ser atendidos, pois o clero e a nobreza votavam em parceria, formando assim um grupo grande.


A polarização não se limitava ao momento de votar, mas também estava presente no momento em que as classes opositoras se sentavam separadas durante as assembleias, pois não queriam se misturar. O clero e a nobreza ficavam do lado direito das cadeiras, e a pequena burguesia se sentava nos assentos do lado esquerdo.


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Foto: Isidore-Stanislas Helman / Biblioteca Nacional da França / Wikimedia Commons

A partir daí, começaram a associar o lado da direita aos conservadores, pois a classe mais rica defendia um comportamento mais tradicional, além de sempre buscar manter o status, apoiar a monarquia vigente e propor mudanças mais moderadas a fim de conservar seu posto na elite. Já o lado esquerdo foi associado à luta da população mais pobre, pois a pequena burguesia não se conformava com a realidade atual da época e propunha mudanças revolucionárias.


Características principais


A direita e a esquerda são ideologias opostas principalmente no que diz respeito aos direitos dos indivíduos e o papel do governo. Podemos dividir os ideais defendidos por cada terminologia em três tópicos principais: economia, Estado e costumes. Segue o fio.


Economia


A direita é favorável à mínima ou nenhuma intervenção do Estado, pois defende os direitos à iniciativa privada, a redução de impostos sobre empresas, a menor regulamentação governamental, os direitos individuais e a liberdade civil. Já a esquerda prega a existência de um Estado com maior papel na economia.


Proteção social


Nesse sentido, a direita acredita que o mercado é capaz de garantir a proteção social duradoura, sem a necessidade da intervenção do Estado. Eles defendem a redução dos gastos do governo e a extinção dos programas assistencialistas. Por sua vez, a esquerda espera que o Estado garanta o bem-estar da sociedade por meio de programas de auxílios tanto financeiros, como de serviço.


Costumes


A direita é considerada conservadora, pois mantém ou favorece os padrões estabelecidos, como a família tradicional. Por outro lado, a esquerda apoia os valores de inclusão social e atualização de modelos tradicionais da sociedade, além de defender o avanço na legislação em direitos civis, como o casamento LGBTQIA+, a legalização do aborto, entre outras pautas.


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Foto: Marcelo Bassul/AFP

Ao longo do tempo, o significado desses dos termos “esquerda” e “direita”sofreu algumas modificações em razão das novas demandas e interesses que surgiram com a evolução da sociedade.


Uma das mudanças foi a criação de algumas subdivisões dentro de cada terminologia. Os grupos com ideais mais radicais e menos populares entre os eleitores foram chamados de “extrema-esquerda” e "extrema-direita", e aqueles que atuam de forma mais incisiva, porém não tão radical, se enquadram no grupo de “esquerda” e “direita”. Já aqueles partidos que trabalham de maneira mais moderada e possuem um maior apelo eleitoral estão inclusos no grupo de “centro-esquerda” e “centro-direita”.


Com o tempo, outras subdivisões começaram a surgir. Atualmente, os partidos considerados de esquerda são os sociais-democratas, progressistas, socialistas democráticos e ambientalistas. Por sua vez, a extrema-esquerda inclui os comunistas e os anarquistas. Na direita, temos os conservadores, democratas-cristãos, liberais e nacionalistas, já a extrema-direita abrange os nazistas e os fascistas.


Trazendo esse contexto pro Brasil, pode-se afirmar que essa polarização se fortaleceu durante a Ditadura Militar. Os apoiadores do golpe militar eram considerados de direita, e os que se opunham a isso e defendiam a instauração do socialismo com base nos ideais de Karl Marx eram de esquerda.


Já falamos bastante de esquerda e direita, né?! E onde fica o “centro” no meio disso tudo?


Centro


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Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

O termo “centro” se origina na Roma Antiga e vem da frase “In mediun itos” que significa “A virtude está no meio”. A política de centro está no meio do caminho da direita e da esquerda e por isso, é capaz de dialogar e aplicar ideais dos dois lados. Os centristas defendem a tolerância e o equilíbrio na sociedade, porém, isso não os impede de se alinhar com as políticas da direita ou com as da esquerda quando acharem pertinente aplicá-las em determinadas áreas. Sendo assim, ora, eles tendem mais à esquerda, sendo chamados de “centro-esquerda”, e ora tendem mais à direita, os “centro-direita”.


Por hoje é isso pessoal, esperamos que tenha ficado mais claro o que representa cada lado dentro da política.


Editado por: Paula Beatriz


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