Copa do Mundo X Pós eleição
- Carolina Monteiro

- 25 de nov de 2022
- 4 min de leitura
EDIÇÃO 23

Bem-vindo(a) a vigésima terceira edição da newsletter Brasiliense-se. Agradecemos por estar aqui conosco, caro(a) leitor(a). Se você tiver críticas ou elogios, não deixe de nos mandar no final desta edição. Sua opinião é muito importante pra nós!
Por acaso você também está confuso com tanta coisa acontecendo no nosso país? É pós eleição, black friday, natal, copa do mundo… ufa! Hoje vamos começar essa edição com um balanço resumido da vitória do Brasil na estreia da Copa do Mundo. Mas como esse não é o foco da nossa newsletter, vamos fazer um resumo dos desdobramentos da eleição nos últimos dias. Segue o fio.
A estreia do Brasil na Copa do Mundo 2022 foi ontem (24). Com dois gols de Richarlison a seleção brasileira brilhou no 2x1 contra a Sérvia. Os gols foram todos no segundo tempo.
O último ano que o Brasil venceu uma copa foi em 2002, será que o hexa vem em 2022? Vamos torcer e acompanhar!
Anulação do segundo turno
Na última terça-feira (22), o presidente Bolsonaro (PL) e Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal, entraram com uma solicitação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a anulação dos votos feitos nas urnas de modelo anterior a 2020.
Segundo o relatório apresentado pelo partido do presidente, seis modelos urnas teriam apresentado mau funcionamento no segundo turno das eleições, o que implicaria a anulação de 59% dos votos registrados nesses aparelhos. Após a solicitação, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, deu um prazo de 24 horas para que o partido incluísse os dados sobre as urnas defeituosas no primeiro turno das eleições também, já que todos os mesmos equipamentos foram usados durante as duas etapas da votação.
O PL não apresentou os dados solicitados no prazo estipulado e na última quarta-feira (23), Moraes indeferiu o pedido de anulação da votação do segundo turno das eleições, condenando os partidos da coligação de Bolsonaro (composta pelo PL, progressistas e republicanos) a pagarem uma multa de R$ 22,9 milhões.
Manifestações
Desde o segundo turno, Bolsonaro deu apenas dois pronunciamentos e ainda permanece em silêncio em suas redes sociais. Depois da derrota, em 30 de outubro, Bolsonaro não tem realizado suas tradicionais "lives" nas redes, em que conversava com seus eleitores.
Apesar da reclusão do presidente, seus apoiadores continuam se manifestando por todo o país, muitos deles acampados em frente aos quartéis generais do Exército e em interdições de rodovias pelo Brasil. Só no último domingo (20.11), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 1.236 manifestações desfeitas, 12 interdições (fluxo parcialmente interrompido) e nove bloqueios (fluxo totalmente interrompido). Até o momento do fechamento desta matéria, todas as rodovias do país estão livres de bloqueios e interdições, segundo a PRF.
Transição
Por outro lado, depois de ser eleito no segundo turno das eleições, Lula tem usado o direito de formar sua "equipe de transição", que atuará em conjunto com a equipe de Bolsonaro até o dia da posse do novo governo, em 1 de janeiro. O grupo está com a missão de se inteirar do funcionamento dos órgãos e entidades da administração pública federal e preparar os primeiros atos do novo governo, geralmente editados já no primeiro dia do ano.
O vice-presidente eleito e também coordenador da equipe de transição, Geraldo Alckmin (PSB), tem anunciado os nomes que irão integrar as equipes técnicas do governo de transição do presidente eleito. O grupo foi dividido em 31 áreas temáticas e mais de 130 nomes foram divulgados por Alckmin.
PEC da transição
No último dia 16, a equipe de Lula entregou a sugestão de texto para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. No total, o texto prevê excluir da regra do teto de gastos cerca de R$ 198 bilhões.
A PEC da Transição é uma alternativa elaborada pelo novo governo para tirar os gastos com o Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) da regra do teto de gastos. O governo de Lula defende que a medida é necessária para garantir o pagamento mensal de R$ 600, uma promessa de campanha do novo governo. O pagamento previsto pelo orçamento do governo Jair Bolsonaro seria de R$ 405 a partir de janeiro.
O texto prevê ainda que o pagamento de R$ 150 para crianças de até 6 anos nas famílias que recebem o benefício também fique fora do teto. Ao excluir esses gastos do teto, a PEC facilita o cumprimento das promessas de campanha do presidente eleito, como o aumento do salário mínimo acima da inflação.
A PEC ainda não foi aprovada e muitos especialistas questionam a eficácia real da proposta, já que a economia do país pode sofrer graves impactos. Seguimos de olho nos desdobramentos.
Editado por: Paula Beatriz
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